COMUNICADO OFICIAL- 14/09/2023

Salvador, 14 de setembro de 2023

O Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) recebeu com surpresa os motivos que levaram à nossa desclassificação do processo de seleção para gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia. A explicação fornecida diverge de práticas estabelecidas na relação do poder público de vários estados da federação com as Organizações Sociais da área cultural, inclusive, podendo criar um cenário de insegurança jurídica com impactos negativos na gestão de várias instituições. É desejável que a Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura (ABRAOSC) se posicione em algum momento sobre o assunto, inclusive porque, pelo que soubemos, o processo estaria, desde sua origem, sob sigilo, e isso também nos causa surpresa em se tratando de uma seleção pública.

O IDSM também esclarece que, inicialmente, considerou pedir a impugnação do edital, hoje considerado fracassado, por entender que o certame tinha falhas importantes, além de não se alinhar com o que acreditamos ser as melhores práticas de gestão para uma orquestra sinfônica pública. No entanto, entendemos que o pedido, naquele momento, poderia ser mal-interpretado. Optamos, então, por participar do edital com uma proposta robusta capaz de possibilitar um diálogo mais amplo com o Governo e a sociedade para aprimorar as práticas existentes. 

Neste sentido, o IDSM considera que um novo edital oferecerá uma excelente oportunidade para o Estado da Bahia implementar ferramentas que permitam de fato um melhor controle e melhores práticas de gestão, desta vez mais comprometidas com a realidade local e quem sabe até inspiradas por nossa própria proposta, que já é conhecida da concorrente, desclassificada por incapacidade técnica. Pretendemos também publicar nossa proposta na íntegra em nosso site para que o debate continue sendo o mais transparente possível.

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Comunicado oficial 

Estamos muito entusiasmados em compartilhar com vocês uma notícia muito importante: O IDSM foi a única entidade qualificada para a segunda fase do edital que decidirá quem assumirá a gestão da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). Esta poderá ser uma grande responsabilidade e uma oportunidade ainda maior para nós, do IDSM, de continuar o caminho de desenvolvimento e de excelência da OSBA e, ao mesmo tempo, trazer novas perspectivas e energias para a instituição.

Com 15 anos de experiência na promoção do desenvolvimento social por meio da prática orquestral e coral de excelência, o IDSM está bem posicionado para fortalecer a OSBA. Essa experiência acumulada nos permitiu aprender com grupos musicais do Brasil e do exterior as melhores práticas de gestão, assim como desenvolver uma visão mais atual da função do músico de orquestra numa sociedade como a nossa.

Caso o IDSM assine o próximo contrato de gestão da OSBA com a SecultBA, um dos primeiros passos planejados, que faz parte da proposta apresentada durante a concorrência, é a criação de um Conselho Curador para a orquestra. Este Conselho será responsável por tomar decisões estratégicas e promover a transparência, seguindo padrões internacionais de governança e sustentabilidade. Será composto por membros representativos da orquestra, da Secretaria de Cultura, do Conselho Estadual de Cultura, de outras políticas públicas, da sociedade civil e da juventude orquestral. Acreditamos que essa medida irá modernizar e aprimorar a gestão da OSBA, garantindo que ela continue a prosperar no futuro.

Reconhecemos a importância dos músicos que compõem a OSBA e respeitamos suas opiniões e contribuições. Por isso, garantimos que todos os músicos da gestão anterior tenham a oportunidade de serem entrevistados, caso desejem continuar na orquestra. Este é um passo crucial para garantir que a transição para a nova gestão seja suave e respeitosa para todos os envolvidos.

Além disso, pretendemos estabelecer parcerias com outras políticas públicas estaduais da área musical, como o NEOJIBA, as Escolas Técnicas de Música, ações estruturantes da Secretaria de Educação e as ações musicais da FUNCEB. Acreditamos que essas parcerias irão fortalecer a presença e o impacto da música na Bahia, criando uma rede sólida e permanente de apoio e oportunidades para músicos e estudantes de música em todo o estado.

Finalmente, propomos a criação do Setor de Integração, Diversidade e Educação (SIDE) na OSBA, para promover a inclusão, valorização e troca de experiências com artistas, grupos experimentais e representantes de diversas expressões culturais. Além disso, caso se confirme o resultado do edital, o SIDE terá um papel essencial na promoção da inclusão e valorização da diversidade cultural, oferecendo espaços de expressão para grupos e artistas que têm historicamente pouco acesso aos palcos tradicionais. Acreditamos que a rica diversidade cultural da Bahia deve ser celebrada e incorporada em todas as facetas da OSBA. O intuito é despertar o interesse pela música de concerto, ampliar o acesso à cultura, revelar novos talentos e formar novas audiências para a música sinfônica.

Estamos ansiosos para chegarmos ao final deste processo licitatório e iniciarmos esta nova fase da OSBA. Agradecemos desde já pelo apoio contínuo. Em comunhão, podemos fazer da música um instrumento de transformação social.

Perguntas e Respostas:

1. Porque o IDSM se propôs a assumir a gestão da OSBA?

A decisão do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) de concorrer, em edital público, para assumir a gestão da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) é impulsionada pela nossa convicção no imenso potencial da orquestra e pela necessidade de enfrentar certos desafios que surgiram nos últimos anos.

Reconhecemos os avanços significativos realizados pela OSBA desde a publicização da orquestra em 2017, particularmente no que se refere ao aumento do seu corpo estável e à sua maior aproximação com o público local. No entanto, percebemos que ainda há espaço para melhorias em várias áreas.

Levando em conta que o Governo da Bahia tem feito investimentos substanciais na área orquestral desde 2007, quando a OSBA começou a receber recursos significativos para sua programação, ao mesmo tempo em que foi implementado o programa NEOJIBA, acreditamos que a sociedade, via Organizações Sociais, pode contribuir ainda mais para esse esforço do poder público. Isso pode ser feito promovendo um melhor alinhamento e integração das políticas públicas, de forma a trazer economia para o estado e fortalecer a cadeia produtiva da música. Um outro exemplo desta contribuição é na possibilidade de captação de recursos, seja por meio de leis de incentivo, seja por captação direta, um dos principais argumentos a favor da mudança do modelo de gestão estatal para um modelo publicizado, e que ainda não foi bem-sucedido desde a publicização da orquestra. O IDSM, estando entre as instituições que mais captam recursos no Norte e Nordeste do país, já tendo captado mais de 35 milhões de reais para o NEOJIBA, se compromete a trazer mais recursos extras para a OSBA.

Além disso, analisando o edital, notamos que as metas pactuadas não definem claramente o que se entende por “apresentação sinfônica”. Isso deixa uma lacuna, permitindo que a meta possa ser cumprida tanto por um grupo de câmara quanto pelo corpo completo de músicos da orquestra. Com o objetivo de assegurar a máxima utilização da excelência artística do corpo orquestral e estabelecer uma relação custo-benefício justa para a sociedade, nossa instituição garantirá que todas as apresentações classificadas como sinfônicas sejam realizadas com um efetivo orquestral mínimo de 54 músicos, sendo a maioria delas com o efetivo orquestral completo. As apresentações realizadas com grupos menores serão consideradas uma meta adicional do contrato, sem custo para o estado.

Para finalizar, durante a reforma do TCA, deve-se considerar que em algum momento serão necessários outros espaços para apresentações e ensaios e também para a gestão administrativa da OSBA. Neste sentido, o IDSM é certamente a instituição mais bem preparada e equipada para atravessar esse período, oferecendo um mínimo de impacto financeiro para o estado e condições adequadas de trabalho para a orquestra. Neste contexto, acreditamos que nossa instituição poderá colaborar para levar a OSBA, e a música sinfônica na Bahia como um todo, a novos patamares de excelência gerencial e artística, com potencial para gerar impacto social a longo prazo e deixando um legado que poderá ser aproveitado por outras instituições que vierem a assumir a gestão da orquestra no futuro.

Seguem alguns pontos que corroboram com isso:

1. Experiência e Competência Comprovadas:

O IDSM tem um histórico exemplar de gestão eficaz. Isso mostra que a organização possui a competência necessária para administrar programas orquestrais e corais. Essa experiência e competência serão transferidas para a gestão da OSBA.

2. Infraestrutura Estabelecida: O IDSM já possui uma infraestrutura de gestão que inclui pessoal qualificado, sistemas administrativos e logísticos, e uma rede de parceiros e apoiadores no Brasil e exterior. Esta infraestrutura será utilizada para dar suporte à gestão da OSBA.

3. Sinergias Operacionais: o IDSM poderá explorar sinergias operacionais sendo também gestora do NEOJIBA. Por exemplo, os dois programas poderão compartilhar instalações, pessoal e equipamentos. Isso não só melhora a eficiência, mas também reduz os custos operacionais. Destacamos que o IDSM tem um patrimônio material de mais de 3 milhões de reais e que este patrimônio estará também à disposição da OSBA para suas atividades.

4. Alinhamento Estratégico: A OSBA e o NEOJIBA são ambos ações públicas do Governo do Estado da Bahia gerenciadas pelo modelo OS e compartilham missões similares de promover o desenvolvimento social e a excelência na prática musical coletiva, cada qual com os seus públicos alvos e objetivos específicos. O gerenciamento de ambas as instituições permitirá um alinhamento estratégico mais forte, o que poderá levar a uma realização plena dessas missões.

5. Capacidade de Escala: O IDSM já demonstrou sua capacidade de escalabilidade para atender às necessidades do NEOJIBA, um programa que não parou de crescer desde sua implantação. Acreditamos que essa capacidade poderá ser aplicada à gestão da OSBA, permitindo que a organização atenda efetivamente às necessidades de ambas instituições. Garantir a efetiva gestão da OSBA e do NEOJIBA será uma tarefa complexa, mas acreditamos que o IDSM está bem posicionado para enfrentar esse desafio. As sinergias operacionais, a competência comprovada, a infraestrutura existente e a capacidade de escala tornam o IDSM a instituição ideal para gerir ambas as instituições neste momento.

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2. Quem poderá ser o novo Regente e Diretor Artístico da OSBA?

Cláudio Cruz é maestro e violinista, filho de João Pereira Cruz, fabricante baiano de violinos nascido em Andaraí, na Chapada Diamantina. Iniciou seus estudos musicais ainda na infância, com seu pai, e posteriormente estudou com grandes nomes como Erich Lehninger, Maria Vischnia, Olivier Toni, Chaim Taub, Josef Gingold, Kenneth Goldsmith, entre outros. Graduouse em filosofia pela UNIFRAN (Universidade de Franca) e atualmente cursa o Doutorado em Música na UNESP (Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho). Cruz começou a se apresentar como solista com apenas 13 anos e aos 15 tornou-se um dos spallas (primeiro-violino) da Orquestra Jovem da FUNARJ (Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro). Aos 18, ingressou na OSESP (Orquestra do Estado de São Paulo), a convite do Maestro Eleazar de Carvalho. Com apenas 22 anos, tornou-se spalla da orquestra, cargo que ocupou até 2014. Ao longo da sua carreira, recebeu importantes prêmios, como o Grammy Awards, Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo e o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Artes.

Seu primeiro cargo como Regente e Diretor Musical foi em 2001, na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Com a orquestra, gravou diversos álbuns e realizou montagens de óperas e balés. Com o apoio da diretoria e de importantes patrocinadores, também criou diversos projetos educacionais, numa verdadeira reestruturação da orquestra nos oito anos em que esteve à frente do grupo como gestor. Cruz também foi Regente e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos. Desde 2012, Cruz é regente e diretor musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, com a qual participou de importantes festivais, como o Festival MDR Musiksommer, na Alemanha, o Festival Young Euro Classic, também na Alemanha, o Festival Berlioz, na França, e o Grachtenfestival, na Holanda. Em 2015, a orquestra realizou grandes concertos no Lincoln Center, em Nova York, e no Kennedy Center, em Washington, nos Estados Unidos.

Seu trabalho com os jovens o aproximou do NEOJIBA. Cruz conheceu o programa há alguns anos, quando esteve em Salvador regendo a OSBA. Na ocasião, foi convidado pelo maestro Ricardo Castro a acompanhar um ensaio da Orquestra 2 de Julho. Imediatamente, percebeu que se tratava de um programa sério e bem estruturado. Ao longo dos anos, acompanhou com admiração o crescimento do NEOJIBA em várias cidades da Bahia, além da realização das turnês pela Europa e a participação em importantes festivais internacionais. Em 2020, foi convidado a reger a orquestra, e ficou novamente surpreso com a seriedade, o respeito e a dedicação aos jovens e ao ensino coletivo da música, possibilitados pela eficiente administração do programa.

Cruz aceitou prontamente o convite do IDSM para participar como Diretor Artístico e Regente da OSBA na proposta submetida ao edital aberto pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O maestro teve imediatamente a certeza de que poderiam, ele e o IDSM, construir juntos uma boa gestão, que causará impactos importantes na cultura local. Em São Paulo, o modelo das Organizações Sociais (OS) foi criado no final da década de 1990, e Cruz já trabalha há muitos anos com algumas dessas organizações. Ele considera que este modelo foi transformador na cultura local, tornando os equipamentos culturais melhor gerenciados. A Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, onde Cruz atua como Diretor Musical e Regente, é gerenciada pela Santa Marcelina Cultura.

Na Bahia, Cruz espera poder realizar um trabalho musical amplo, contemplando diversos repertórios e estilos musicais, além de desenvolver parcerias e projetos pedagógicos, ampliando o raio de ação cultural da orquestra. O maestro acredita que a riqueza cultural da Bahia poderá ser um grande veículo para a gestão artística. Ele foi um dos idealizadores do SIDE, o Setor de Integração, Diversidade e Educação na Orquestra Sinfônica da Bahia, importante iniciativa que poderá integrar ainda mais a OSBA à sociedade, fomentando intercâmbios e troca de conhecimentos.

Caso o IDSM seja confirmado como gestor da OSBA, Cruz espera apresentar uma programação rica, com a inclusão de concursos para jovens solistas e compositores, comissionamento de novas obras de estilos variados, além de séries de música de câmara e concertos em outras cidades e estados. Posteriormente, o maestro também espera programar óperas, balés e concertos com grande coro e, futuramente, pensa em criar coros comunitários.

A marca pessoal de Cruz é o foco na excelência musical. Ele acredita que a inclusão de repertórios com grandes compositores, como Mahler, Richard Strauss e Stravinsky, além de compositores contemporâneos, poderá ampliar o nível artístico da orquestra, por exigir um maior número de ensaios e a intensificação do estudo pessoal.

Cruz também vê com bons olhos a criação do Conselho Curador, por acreditar que esse instrumento permite caminhos mais inclusivos e abrangentes, como já acontece atualmente em grandes orquestras do mundo. Ele defende que é importante pensar a OSBA das próximas décadas, para além das demandas do dia a dia. O Conselho Curador poderá ser uma ferramenta importante nesta discussão. O maestro espera dedicar um bom tempo da sua vida a este projeto, contribuindo com todos os músicos, administradores e a comunidade, para que tenhamos uma orquestra conectada com a Bahia e alinhada com as políticas públicas do Estado.

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3. O que poderá ser o Conselho Curador?

Na gestão do IDSM, propõe-se a criação de um Conselho Curador para a Orquestra Sinfônica da Bahia, visando modernizar e aprimorar sua gestão. O Conselho terá a responsabilidade de tomar decisões estratégicas, tal como chancelar uma proposta de identidade organizacional a ser posteriormente submetida à Contratante, seguindo padrões internacionais de governança horizontal e sustentabilidade, promovendo transparência junto à população. Será composto por membros representativos da OSBA, da Secretaria de Cultura, de outras políticas públicas, da sociedade civil e da juventude orquestral.

O Conselho terá atribuições como propor diretrizes, controlar o alinhamento das ações e projetos da OSBA com políticas públicas, aprovar o plano de atividades, entre outras funções. As reuniões serão convocadas pelo seu Presidente, e suas decisões serão tomadas por maioria simples. O regulamento entrará em vigor após aprovação do Conselho de Administração.

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4. Como poderá ser constituído o corpo técnico da orquestra?

Atualmente, a OSBA é composta por músicos estatutários e por músicos contratados sob o regime CLT. A legislação permite que, caso ambas as partes concordem com as condições estabelecidas, seja possível a transferência do músico para a nova instituição gestora sem a necessidade de uma seleção pública.

O IDSM tem a intenção de apresentar nas próximas semanas, assim que for confirmada oficialmente a gestão da OSBA pelo Instituto, o novo projeto a todo o corpo técnico, ouvindo também suas aspirações. Após essa etapa, cada parte poderá decidir se deseja continuar ou não com a relação de trabalho. No que se refere a novas contratações, o IDSM assegura que o corpo orquestral da Orquestra Sinfônica da Bahia será formado por profissionais altamente qualificados, contratados sob o regime CLT.

O processo de preenchimento de vagas para músicos seguirá etapas e requisitos específicos, que serão divulgados em seleção pública. Para integrar o corpo orquestral da OSBA, os candidatos devem ter comprovada experiência profissional em orquestras sinfônicas, além de demonstrar interesse, disponibilidade e aptidão para participar dos projetos socioeducacionais desenvolvidos pela instituição.

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5. Como poderá ser a administração da OSBA?

Confirmada a gestão do IDSM, a direção da OSBA será composta por Fernanda Tourinho, Diretora-geral, Suzana Viana, Diretora Administrativa, e Cláudio Cruz, Regente e Diretor Artístico. Esses líderes trazem uma riqueza de experiência e paixão pela arte e pela boa gestão dos recursos públicos e estamos confiantes de que eles irão conduzir a OSBA com visão e dedicação.

Além disso, funcionaremos seguindo o exemplo bem-sucedido da Organização Social Santa Marcelina, parceira do IDSM e atualmente responsável por três contratos de gestão com o estado de São Paulo, em secretarias diferentes, referentes à gestão do Theatro São Pedro, da EMESP, da Orquestra Jovem de São Paulo e do Projeto Guri.

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6. O que será o SIDE - Setor de Integração, Diversidade e Educação?

O Setor de Integração, Diversidade e Educação (SIDE) na Orquestra Sinfônica da Bahia, tem como objetivo fortalecer os vínculos entre a orquestra e a rica diversidade cultural da região. A Bahia é reconhecida por sua pluralidade étnica e musical, manifestações artísticas únicas e uma história profundamente enraizada na mistura de culturas. O SIDE terá a função de promover a inclusão, valorização e troca de experiências com artistas, grupos que retratam a cultura popular e representantes de diversas expressões culturais, estabelecendo-se como um agente ativo na promoção da diversidade cultural.

Por meio de parcerias com instituições locais e nacionais, o SIDE criará oportunidades para o diálogo e colaboração entre artistas, músicos, grupos folclóricos e representantes de diferentes expressões culturais. Esses intercâmbios permitirão a troca de conhecimentos, técnicas e vivências artísticas, enriquecendo o repertório musical da orquestra e ampliando a experiência artístico-musical de seus integrantes.

Com uma equipe multidisciplinar, o SIDE buscará preservar os pilares fundamentais da Orquestra Sinfônica da Bahia, ao mesmo tempo em que fortalecerá a colaboração com políticas públicas existentes no Estado.

Além disso, o SIDE terá um papel essencial na promoção da inclusão social e valorização da diversidade cultural. O setor oferecerá espaços de expressão para grupos e artistas que têm historicamente pouco acesso aos palcos tradicionais, contribuindo para uma identidade e participação artística mais abrangente e plural. Através de projetos educacionais, a orquestra se aproximará da comunidade, oferecendo experiências artísticas com músicos profissionais a estudantes, projetos sociais e espaços públicos. O intuito é despertar o interesse pela música de concerto, ampliar o acesso à cultura, revelar novos talentos e formar novas audiências para a música sinfônica.

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7. Quais poderão ser os novos projetos da OSBA?

Na gestão do IDSM, todos os projetos da OSBA deverão ser apresentados previamente ao Conselho Curador para aprovação. Seguem exemplos de projetos que nossa administração apresentará ao Conselho:

7.1 Série “MIMOS”

A criação da série "MIMOS" - "Música e Inclusão com Músicos de Orquestras Sinfônicas" será de fundamental importância para promover um maior engajamento social dos músicos de orquestra nas comunidades onde atuam. Tradicionalmente, estes músicos são reconhecidos por sua habilidade técnica e dedicação à arte da música. No entanto, a série MIMOS proporcionará uma oportunidade única para expandir o impacto da atuação destes profissionais para além do palco. Ao se envolverem ativamente em concertos inclusivos, os músicos de orquestra terão a chance de estabelecer conexões diretas com comunidades vulneráveis e compartilhar a beleza e a emoção da música de concerto com pessoas que normalmente não teriam acesso a ela. Essa experiência enriquecedora não só nutre a sensibilidade artística dos músicos, mas também os transforma em agentes de mudança, inspirando-os a usar seu talento para criar um impacto social positivo e construir uma sociedade mais inclusiva e solidária. Através da série "MIMOS", os músicos de orquestra terão a oportunidade de ampliar seu papel como artistas e cidadãos comprometidos, unindo a excelência musical com o poder transformador da música para fazer a diferença na vida daqueles que mais necessitam.

7.2 Concurso Jovens Solistas

Participarão das séries de Concertos da OSBA os vencedores do “Concurso Jovens Solistas” a ser implementado por nossa instituição. O concurso acontecerá todo ano contribuindo para o desenvolvimento e a projeção de novos talentos. Essa interação dinâmica com jovens artistas reafirma a dedicação da Orquestra Sinfônica da Bahia à formação e ao estímulo de jovens talentos, permitindo que a próxima geração de músicos encontre seu lugar na cena musical.

7.3 Concurso de Composição e Arranjo

Participarão da programação da série de Concertos da OSBA as peças vencedoras do “Concurso de Composição e Arranjo” a ser implementado por nossa instituição nessas duas categorias, confirmada a gestão do IDSM. O concurso acontecerá todo ano, contribuindo para o aperfeiçoamento e a divulgação de novos talentos, assim como para a diversidade e representatividade de diversas vozes e estilos musicais. Esta interação dinâmica com jovens artistas reafirma a dedicação da Orquestra Sinfônica da Bahia ao fomento e difusão de novos repertórios e à inovação, permitindo que a próxima geração de compositores e arranjadores encontre seu lugar na cena musical. IDSM também propõe a oferta de uma capacitação anual na área de arranjos, de forma que jovens talentos oriundos das várias tradições musicais do estado com conhecimento prévio de teoria musical possam ter a oportunidade de se exercitarem e de se desenvolverem como interface entre estas tradições e a orquestra sinfônica.

7.4 Série Música de Câmara

O planejamento e implementação de uma série mensal de Música de Câmara, a ser concebida pelos músicos da Orquestra Sinfônica da Bahia e aprovada pelo Conselho Curador, será de grande impacto na cadeia produtiva da música de concerto em Salvador. A música de câmara, caracterizada pela participação de um número reduzido de músicos e pela riqueza do repertório existente, propicia um ambiente íntimo e um espaço para a exploração das nuances musicais. A série, além de abrir essa prática para todos os músicos da orquestra, permite a introdução de repertórios diversificados, muitas vezes inexplorados nas performances sinfônicas tradicionais. Essa iniciativa estimula o desenvolvimento artístico individual dos músicos e reforça o elo entre a orquestra e o público, proporcionando uma experiência musical mais pessoal e envolvente. Além disso, esses concertos poderão ser realizados na sala de concertos do NEOJIBA, com uma acústica perfeita para tal, sem custos para o contrato de gestão com a SECULT, no Parque do Queimado, estabelecendo uma parceria benéfica para ambas as partes.

7.5 Encomenda de obras orquestrais

Como parte da proposta do IDSM, a OSBA, seguindo a tradição de grandes orquestras internacionais, irá encomendar uma grande obra sinfônica por ano a compositores baianos consagrados, de modo a enriquecer o repertório orquestral e apresentar ao público uma mostra atualizada do trabalho de compositores de carreira consolidada. A Orquestra Sinfônica da Bahia desempenha um papel importante ao concretizar esta ação e essa prática fortalecerá a identidade cultural local, promovendo a criação artística e enriquecendo o repertório da orquestra. Ao valorizar os compositores baianos, a orquestra contribui para o crescimento do cenário cultural e enriquece a vida musical da comunidade.

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8. O que poderá acontecer com os projetos e séries da OSBA que foram criadas pela gestão anterior?

Todas as decisões da direção artística serão tomadas após a consulta ao Conselho Curador da OSBA, que poderá ser empossado já na primeira semana da nova gestão.

 

Direção do IDSM